Após recuo na fiscalização do PIX mais de 200 fintechs seguem sem obrigação de reportar dados


Após recuo na fiscalização do PIX mais de 200 fintechs seguem sem obrigação de reportar dados


Postada em : 23/01/2025

Com a revogação das medidas de fiscalização do Pix, mais de 200 empresas, incluindo fintechs e instituições de pagamento, seguem sem a obrigação de reportar dados à Receita Federal.

Anteriormente, a proposta previa o envio de informações de transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas, no entanto a medida foi duramente criticada, gerando pressão de diversos setores, o que levou à decisão de não ampliar a obrigatoriedade.

Com a revogação, os limites anteriores para o envio de dados financeiros foram mantidos, com as regras continuando em vigor apenas para grandes bancos, exigindo o compartilhamento de informações de valores superiores a R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas.

Com relação às fintechs, elas são conhecidas por oferecerem produtos financeiros inovadores, como carteiras digitais e novos meios de pagamento. Já as instituições de pagamento facilitam transações como compras e transferências, mas não oferecem crédito ou financiamentos.

Essas empresas já colaboram voluntariamente com a Receita Federal, enviando dados financeiros de clientes em alguns casos e, segundo especialistas, a medida inicial tinha como foco identificar contribuintes fora do sistema bancário tradicional.

Inicialmente, a proposta visava rastrear atividades financeiras de pequenos empreendedores que utilizam o Pix para vendas, apesar disso, afirmava-se que o objetivo não era penalizar pequenos empresários, mas orientá-los a se regularizarem.

Segundo reforçou o presidente da Unafisco, Mauro Silva, a Receita Federal prioriza grandes irregularidades, destacando que pequenos empreendedores podem regularizar suas atividades por meio do Microempreendedor Individual (MEI) , separando as contas pessoais das empresariais.

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, chegou a negar que a fiscalização fosse punitiva, explicando que a automação de dados ajudaria a orientar contribuintes, sem a intenção de reprimir negócios de baixo valor.

Por fim, foi editada uma medida provisória garantindo que transferências via PIX não fossem taxadas, mantendo o compromisso de proteger microempreendedores e estimular a inclusão financeira no país.

Fonte: Contábeis